Lendo como um europeu
Há dias atrás foi divulgada uma pesquisa realizada por encomenda da Câmara Rio-Grandense do Livro, sobre a média anual de livros lidos pelo gaúcho. O resultado me surpreendeu positivamente: 5,5 livros por ano. Mais de 3 vezes a média nacional, que é de vergonhoso 1,8 livro.
A média nacional é que me preocupa, ainda que a gaúcha somente seja boa se comprada à de todo o Brasil e precise, também, ser melhorada. Afinal, 5,5 livros por ano é menos de um livro a cada bimestre!
Existem exceções admiráveis, como o Gabriel ou meu pai, que devem ler por 4 ou 5 gaúchos durante um ano. Ninguém necessita atingir médias assim, e eu mesmo não creio que possa alcançá-las, pois necessito sorver os livros devagar, adquirí-los com zelo, entender cada termo e expressão.
Mas não seria nada impossível que os brasileiros ao menos lessem um livro por mês. Isso tornou-se mais fácil com o advento dos livros pocket, que podem ser levados até nos coletivos e lidos aos poucos.
Vejam só, em 10 meses, já li 14 livros - o equivalente à média européia. Ora, se eu, com minha mania de perscrutar e pesquisar cada termo, fazendo de um dicionário sempre o apoio da minha leitura, e empenhando tempo em procurar dados sobre personagens alheios das obras que leio, consegui ler 14 em 10 meses, seria muito quimérico acreditar que a média brasileira e gaúcha pudessem ser elevados até, no mínimo, 10 livros por ano?
Aproveitem, gaúchos e todos que estiverem na grande Porto Alegre, para visitar a 52ª Feira do Livro. São livros com desconto de no mínimo 20%, muito mais acessíveis. Além disso, uma feira de livros ao ar livre tem muito charme e "encanto poético".
Pois, como dizia Mário Quintana, poeta que tem em sua obra o espírito brando da Feira, "o verdadeiro analfabeto é aquele que sabe ler,mas não lê".
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