Dissertação – Comparação
Este texto foi feito como parte das avaliações da Disciplina de Leitura e Produção Textual. Consiste no quinto Trabalho de Escrita e Reescrita, primeira fase.
Resenha-combate
As duas surgiram mais ou menos na mesma época (até a metade da primeira década dos “anos 2000”), cada uma mesclando com o pop um estilo menos popular: o Jazz e o Soul. Com nomes como Billie Holiday e Ray Charles como referências nesses filões musicais, a tarefa de se tornar artista marcante era um desafio. Ambas alcançaram seu terceiro disco. Damas e cavalheiros: Norah Jones e Joss Stone e suas produções musicais mais atuais.
Surgidas como possíveis salvações para o degradado pop, por suas vozes poderosas e por resgatarem estilos poucas vezes tocados nas rádios ou exibidos nas televisões, Jones e Stone tiveram começos bastante parecidos. Cada uma com suas habilidades vocais e formações e influências musicais (Jones, por exemplo, é filha do músico indiano Ravi Shankar, amigo de George Harrison). Jones acabou por diversificar mais suas produções musicais, inclusive gravando um disco de Folk com amigos músicos, ao passo que Stone continuou a fazer sua mescla de Sol com Pop com muita propriedade e qualidade. Bom, assim as coisas eram, até os lançamentos dos terceiros CDs de Norah e Joss.
“Not too late”, de Norah Jones, é um disco límpido e cristalino. Em suas 13 faixas, a nova-iorquina nascida no Brooklyn canta sobre amor, desilusão, saudade, coisas que afundam e até uma bem colocada crítica ao presidente de seu país, sem incorrer em expor sua posição política. Sua voz, que usa sem excessos ou exageros envolve as letras como uma fina seda cobre um corpo feminino curvilíneo, e tudo isso acompanhado de arranjos impecáveis. Cinco estrelas para este disco!
“Introducing Joss Stone” nem de perto fez tão bonito. Com 14 faixas, está cheio de exageros vocais, batidas excessivamente hip-hop, e toda a sorte de recursos musicais que cantoras mais “popescas” como Christina Aguilera e Britney Spears costumam lançar mal. Se foi intencional, Joss entendeu mal... essa fatia do mercado está saturada e ela tem capacidade para mais. O conteúdo da maioria das letras é o clássico: amor e decepção amorosa. A faixa mais interessante é “Music”, mais pela participação da ex-vocalista do Fugees, Lauryn Hill, do que por qualquer responsabilidade de Joss. É uma canção de declaração de amor à música, como se fosse ela um ser humano. Para este disco, uma estrela: A de Lauryn Hill. As de Joss, parecem ter apagado.
Sim, pois a exemplo da voz, convém não exagerar no uso de sua “estrela”, pois ela pode se apagar e, então, se exaurir.
Marcadores: Leitura e Produção Textual, UFRGS
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