Uma música do passado, que volta prá assombrar...

Primeiro você me azucrina
Me entorta a cabeça
Me bota na boca um gosto amargo de fel
Depois vem chorando desculpas
Assim meio pedindo
Querendo ganhar um bocado de mel
Não vê que então eu me rasgo,
Engasgo e engulo
Reflito e estendo a mão
E assim nossa vida é um rio secando
As pedras cortando
E eu vou perguntando: até quando?
São tantas coisinhas miúdas,
Roendo, comendo
Arrasando aos poucos o nosso ideal
São frases perdidas num mundo
De gritos e gestos
Num jogo de culpa, que faz tanto mal
Não quero a razão
Pois eu sei o quanto estou errado
O quanto já fiz destruir
2 Comments:
Vou procurar a canção agora mesmo nas redes P2P e depois que ouvir comento, falô?!
É difícil saber o que fazer ao ler um grito de angústia desses de um amigo querido. Mas de fato, quando éramos menores, todos nós, não só eu ou você, tudo era mais fácil. A infância é uma coisa linda, e a ingenuidade é mais ainda.
Mas o passado foi feito para ser deixado. Não devemos nos apegar em algo ido e lembrar-nos com nostalgia, mas sim com felicidade. O pensamento jamais deve ser “bons tempos, melhores que os atuais”, mas sim “porra... não é que era legal?”.
Sabes que te considero muito, muito mesmo, e escrevo isso para que saibas que podes contar comigo não importa a ocasião – sim, pode me ligar se estiveres de porre e uma baranga quiser te agarrar, hehehe.
Quanto à música... viva a MPB! Sou um grande fã de Chico Buarque – vi no iTunes que ouvi nesse bimestre Mulheres de Atenas 340 vezes e ‘tô lendo Budapeste pela terceira vez... –, Vinicius de Moraes, Maria Creuza, Tom Jobim, Gil, Veloso, Regina, e claro... Bethânia (com “h”!).
Uma letra maravilhosa que ilustra um momento que será lembrado; lembrarás de hoje como “aquela declaraçãozinha boiola do Gabo”, mas fica numa boa, ‘tô contigo e não abro.
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