Die Another Day
Dia desses tive o sonho que, se não foi o mais assustador, com certeza foi o mais impressionante que já tive em toda a minha vida. Realmente estranho, a ponto de me deixar inquieto pelo restante do dia. Eu havia matado a Madonna!
À primeira vista talvez pareça ridículo, mas garanto-vos que foi a experiência onírica mais real e perturbadora da qual consigo recordar. Tudo parecia tão verdadeiro... Todas as coisas eram sobremaneira marcantes.
Bem como nos filmes do mestre Hitchcock, não havia sequer uma única gota de sangue e, mesmo assim (ou, justamente por isso) foi assustador. Recordo-me da culpa a pesar em meu peito e a minha mente inquieta a questionar “O que eu fiz? Como eu pude fazer isso, cara? Eu matei a Madonna!”. A estes pensamentos eram intercaladas imagens de fãs deixando flores para a cantora falecida.
O remorso que sentia só pareava com minha perplexidade com o ato que eu mesmo havia cometido. E não compreendia por que eu tinha feito tal crueldade, mas sabia que tinha feito. Tá certo que não sou muito afeito ao dito POP, mas isso é demais! Eu não a odiava, até gostava dela. Diabos, o “American Life” até está na minha prateleira de CDs!
Súbito, um pavor irrefreável tomou conta de mim. Eu sabia que havia deixado provas do crime! “Meu deus! Agora vão saber que fui eu que matei a cantora mais famosa do Pop! O que farei?”. Não sei precisar que prova era... Recordo-me de um objeto pontiagudo e brilhante, mas não me recordo ao certo se isso estava no sonho, ou se surgiu entre as brumas que acompanham o despertar após um sonho.
Quando essa agonia parecia estar chegando ao patamar insuportável, acordei. Fiquei mal durante todo o dia... Morri de medo de aparecer uma notícia sobre o falecimento dela. Pra mim, a melhor forma de explicar isso, talvez seja usar termos de RPG: O pesadelo foi tão ruim que perdi um dado de todas as ações no dia seguinte. Na verdade, mais.. .e por mais tempo. Ainda estou desconfortável com toda essa coisa...
Mas acho que dá pra tirar uma lição disso: Os sonhos são entidades independentes de nós, ao menos de nosso consciente. E pode dar uma bela crônica de Changeling transportar alguns Kithain para dentro dos sonhos conturbados de um mortal. Sonhos como o meu.
1 Comments:
Huahauahauahuahaua!! Mataste a Madonna? Que foda! Eu sabia que tinhas uns gostos musicais meio estranhos, mas... matar a “musa do pop”? Sei como são esses sonhos reais; já me assustei muito com eles. Meu avô dizia que “os sonho são o espeio da arma” (esse “arma” significa “alma”, não revólver). A música nos induz a fazer muitas coisas, entre elas matar cantoras horríveis, principalmente as que mais são as putonas que têm um corpão que as Marias Bethânias da vida. E viva a indústria da música!
Se der faço um comentário melhor depois... agora meu pai ‘tá me enchendo o saco pr‘eu ir pro curso de inglês...
Ótimo texto! Irônico e sutil ao mesmo tempo!
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