Cortázar e a novela das 8
Ao Gabo, que se sentiu enganado pelo texto anterior
Como diz Cortázar em “Notícias dos Funes” (“Último round”, tomo II), me foram caindo como cocos. Não idéias para contos, coisa que ultimamente tá meio rara por aqui, mas percepções de certas relações. Primeiro, Obama e um pequeno país da América Central; depois Cortázar e a novela das oito (a fim de situar possíveis – talvez improváveis? – leitores futuros, a novela é “Caminho das Índias”).
Não, seria pedir demais que uma emissora fizesse uma novela original, quem sabe baseada em Horacio Oliveira e Lucía “Maga”, ou então em Tell, Marrast, Juan, Calac, Polanco, Feuille Morte et alli. O que aconteceu é que eu estava assistindo o episódio de ontem e, depois de umas ceninhas bem clichês, aparece um casalzinho simpático brincando de esconder num cenário diferente, até mesmo se a gente levar em conta que boa parte da novela se passa num país bem diverso do nosso. O cenário era o observatório do sultão Jai Singh!
(Cortázar esteve lá, tirou fotos e escreveu um texto, cheio de poesia. Juntando tudo, fez um livro: “Prosa do observatório”. Um livro bastante enigmático, mas muito interessante e muito belo.)
Foi animador, emocionante até, ver com mais qualidade as construções do observatório, ou, melhor dizendo, Observatório, já que ele se torna único e diferenciado quando a gente lê o livro do Julio. É ainda mais bonito e encantadoramente diverso. (E as enguias voltavam na memória, olhando aquilo em full color!)
Claro que eu prefiro o livro, mas pelo menos a novela serviu pra lembrar de um bom livro!
(Gabo, sei que o texto tá uma bosta, mas vá lá, né, tchê! Lembrei de ti quando vi o Observatório na novela, e é isso que conta, porque se não fosse tu eu tava ainda chafurdando na lama literária!)
2 Comments:
Há,que eu to lendo o primeiro tomo ainda. E ainda nem tive tempo de ver a novela.Acho que não estou perdendo muita coisa
=*
olha, o texto ficou bom sim. mas a intenção não devia ser essa. a idéia é bacana.
(pago muito pau p'ra uma coisa que você vem adquirindo cada vez mais e eu vou perdendo: eu também conseguia ver poesia em tudo.)
aquele abraço, guga.
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