2006 foi "O Expresso de Chicago"
2006 foi, para mim, um ano excepcional. Amores, problemas, filosofias, aventuras, culturas... Um dos melhores anos que já vivi até agora. E, não me recordo quando exatamente, me ocorreu que o vivido por mim neste ano encontra um paralelo em “O Expresso de Chicago”, filme com o versátil Gene Wilder.
Conheci pessoas estranhas, depois aliadas, e – guardadas as devidas proporções – “andei sobre o trem”, correndo muitos riscos, para descobrir a verdade, mesmo que seja verdade apenas para mim.
Mas o principal foi que, assim como o senhor George Caldwell, fui jogado do trem mais de uma vez. As dificuldades apareceram: uma, duas, várias vezes. Mas, perseverante como o personagem de Wilder, fui atrás do trem, do ritmo da vida não cessa para esperar por nós quando estamos meio zonzos. Os métodos que usei não foram tão heterodoxos e arriscados como os do protagonista do filme (viajar de carona com uma velhinha em um avião, aliar-me a um ladrão, etc.), mas demandaram esforço e não me trazem menos glória ou menor sentimento de satisfação.
Outro fator igual ao filme: o fim da viagem é mais rápido, aceleradíssimo e, por isso, assustador. Mas deu tudo certo, e consegui me esticar o suficiente para “cortar o mecanismo”, salvando o final feliz.
Agora estou nos segundos finais do filme, contente por ter feito minha parte e feliz. A atriz que encarna a mocinha indefesa, a mesma da cabine contígua, não é a mesma (fosse a comparação com um seriado e eu teria diversos exemplos para citar), mas pouco importa o único expectador desta película é o autor desta crônica e ele aprecia a troca. Contudo, não é confirmada a participação dela em meu próximo filme (tomara seja ela o que Richard Pryor foi para Wilder, companhia em muitos filmes). Estará ela no elenco?
2007 e o legado que 2006 deixou dirão!