Meu álbum de fotos, no Orkut, atualmente está assim:
ATENÇÃO: Sujeitinho mal-encarado... (foto na sacada)
Presunçoso... (foto da formatura do Ensino Médio)
Gabola, vangloria-se de suas companhias femininas... (Eu e Fernanda, minha prima)
Inclusive as alheias... (Daiane, minha cunhada, e Eu)
Ademais, pode ser visto com encrenqueiros e pessoas de sanidade questionável... (Pablo, meu irmão, eu, e Maria Helena, minha mãe)
Encrenqueiros, inlcusive, internacionais! (Eu e meu avô, Victor, português que me faz sentir orgulho das minhas raízes lusitanas)
Pode posar de bom moço, ter até uma certa cara de mauricinho... (foto no Bourbon Country)
Mas é um devasso: só lê o que há de pornográfico e pernicioso na literatura mundial! (Alguns dos meus livros. Os dois primeiros, meio ilegíveis, são "Pequenos Pássaros" e "Teresa Filósofa"
E, condenação inapelável, é um cultista demoníaco! (Meu livro favorito de RPG, "Changeling", sobre seres feéricos, e meus dados)
É, também, um genial mestre dos disfarces, adotando diversos estilos de barba...
O texto que segue é a redação que fiz para o Vestibular UFRGS 2006, no qual classifiquei-me. Publico-a aqui pois acontece por esses dias o vestibular 2007 e viso tranqüilizar quem faz as provas, mostrando que o texto não precisa ser genial para ser bom, apenas bem arrumado.
Tornou-se inclusive nome de chocolate, tanto o valorizam. Entretanto, o verdadeiro talento não se compra em embalagens de plástico. Sendo item tão nobre, tem sublime recipiente: o ser humano. Talento é como vocação (se é que não são o mesmo): nasce conosco e não se pode transmitir para outrem. É uma sorte de bênção, que eleva seu portador a um nível de excelência inalcançável para os demais, seja seu talento para exibir magníficos e elásticos movimentos em um campo de futebol, para comandar uma nação ante a situações extremas, para realizar cálculos aritméticos ou qualquer outra atividade imaginável. É possível que todos tenham sua aptidão especial, seu talento, para algo (mesmo que trate-se de algo fútil, desconhecido ou desagradável). E, de modo geral, todos em nossa época buscam seu talento, ou então objetivam lapidá-lo em um nível de excelência – para obter, com isso, lucro de alguma espécie. A despeito de tudo isto, não basta ter talento para conquistar um lugar no mundo. É preciso saber usá-lo, e considerar tudo o que vem com ele. Se, por exemplo, o talento lhe confere riqueza e fama, é prudente manter o discernimento, para julgar os interesses dos que se aproximam. Mas a razão maior pela qual não basta o talento para conquistar um lugar no mundo é a vontade. Sem a vontade, o talento é inócuo. Usando uma metáfora, por mais belo que o seu carro (talento) seja, sem um combustível (vontade, a força motriz dos atos), permanecerá inerte. Cabe a cada um, motorista de seu próprio carro, fazer a melhor viagem possível.