terça-feira, 26 de julho de 2005

Uma antiga e subestimada poesia...

Esta poesia foi feita por mim a uma amiga muito querida na ocasião de seu aniversário, há já algum tempo. Ela, na época, disse ter gostado mas quando perguntei - há poucos dias - a ela se ainda tinha esta singela obra (pois a queria publicar neste espaço), disse-me que a tinha em um diskette apenas e não o conseguia encontrar. Sei que posso parecer pessimista, e creio que o seja ultimamente (motivos não me faltam, sejamos francos), mas isto me soa como um: "Ah, era um negócio tão desimportante que tratei de deletá-lo...".
Bem, o caso é que eu mesmo achava tal poesia um tanto quanto sem valor, pelo fato de ter sido feita com o intuito de ser um soneto, mas a métrica está completamente incorreta. Mas recentemente, tomado por um apreço repentino por minhas criações textuais, decidi publicá-la. Para meu desespero, quando fui procurá-la (a única poesia da qual mantinha uma cópia, já que considerava as peças poéticas para a Bárbara tão importantes que as guardava apenas para ela - quase que como uma renúncia, um sacrifício de parte de meu ser poético exclusivamente para deleite dela) não a encontrei! Eu, um acumulador compulsivo de textos (tanto em formato digital - ocupando vários Megas - como em papel - ocupando muito espaço em meu caótico guarda-roupas), fui capaz de jogar algo fora? Aí me recordei: Tinha deletado várias coisas, apenas para dar espaço a um jogo (que, por fim, nem pude instalar)! "Besta" - qualifiquei me ser, repetidamente. Depois de procurar inutilmente em meu computador e com amigos e amigas que não o tinham, acabei por desistir.
Hoje, quando fuçava no Orkut, após muito tempo longe dele e de suas páginas de erro, acabei por lembrar-me: "Hey, publiquei ele numa comunidade de poetas!". Algum tempo depois, o encontrei, juntamente - para minha surpresa - com dois comentários elogiosos ao mesmo. Isto fez-me refletir sobre meus textos. Sejam bons ou ruins, metricamente perfeitos ou não, irei apreciá-los mais. Se os outros fazem tal coisa, por que eu, o autor (e "pai") de meus textos não o faria?
Eis aqui a supracitada poesia. Não faço questão que apreciem-na. A mim já me basta o meu próprio orgulho por ela.

Juliana

És meiga, és doce
E não há quem prefira que não o fosse
Afinal a todos anima
Me parece que em ti há mais vida

És culta, és bela
Tanto que, ás vezes, abismado,
Em divagações engajado,
Me pergunto, “o que é ela?”

Racional e passional
Contas e livros
Mundana e astral

Lágrimas e risos
Tornam-te tão fenomenal
E, em minha vida, já és pilar fundamental

Assim disse Gustavo @ 12:27 AM   2 comentário(s)

sábado, 23 de julho de 2005

Feijoadas e mães...

Mais de duas da tarde de um sábado frio até dizer chega, mas ainda não tão frio quanto o máximo possível para este pedaço do Brasil em que vivo. Estava eu aqui, em frente ao pc, respondendo e-mails e ouvindo "Izzo/In The End" de Jay-Z e Linkin Park quando toca meu telefone celular. É minha mãe. Ela me diz que é para que eu coma algo, afinal ela ainda demorará a chegar.Já nem fico mais chateado, isso já virou rotina.
Minutos depois, o telefone a tocar é o fixo. Atendo-o e, do outro da linha, é a vizinha do 201, sindica do prédio, amiga de minha mãe e ex-sogra de meu irmão. Queria falar com minha mãe, mas como ela não está, disse que viria apenas deixar algo para a mesma.
Desligo o fone, aquiescendo com a senhora, e volto ao pc. Abro o IRC e conecto na Undernet. Busco um mp3 da versão original da música. Apenas "Izzo", de Jaz-Z. Antes que possa buscar a música, batem à porta e vou atender. É a filha do meio da Dona Selma, trazendo um pote com feijoada. Eu agradeço polidamente e brinco, dizendo que não tinha almoçado ainda e, se minha mãe demorasse a chegar, certamente não encontraria mais feijoada alguma (uma óbvia brincadeira, afinal havia uma quantidade muito generosa da comida). Despedi-me amigavelmente, novamente agradecendo, e retornei ao pc.
Começava a procurar a música no IRC e toca novamente a porta. Penso comigo: "Putz, hoje estou de porteiro!". Para a minha surpresa, era a mesma moça, novamente. Carrega consigo mais um pote, e disz-me: "Ó, agora a feijoada tá completa!" Não nego, fico com vergonha. Afinal, pode ser que eu tenha parecido pidão, ou um morto de fome. De qualquer forma, não posso recusar. Afinal, parece delicioso, e eu já estou com fome!
Me delicio com aquele banquete. Talvez não pareça nada, ou meramente um exagero para quem tem uma mãe que cozinha constantemente comidas como esta, mas para mim... Depois de comer com muito gostoquase todo o arroz, a couve e a farofa ainda devoro a laranja. Sei que tudo isso parece muito sem valor, mas prá mim foi algo muito importante. Alguém com quem não tenho nenhuma ligação se importou comigo. Isso não tem preço.
Ainda hei de desenvolver mais este assunto. Na verdade, expressarei futuramente os pensamentos aos quais cheguei depois deste evento.

Assim disse Gustavo @ 3:43 PM   2 comentário(s)

domingo, 17 de julho de 2005

"Lovers like we are should really be better to each other" (Inspirado pela arte de Kurt Halsey)

Clickem na imagem para que ela fique maior...


Apenas uma reflexão, e uma acquiscência: Ninguém está realmente certo quando uma briga fútil entre duas pessoas, que se gostam tanto, ocorre... Embora ambos neguem tolamente este fato absurdamente óbvio aos olhos de todos os mortais.
Mas não dá prá negar... quem ama, protege. Se não o faz, causa uma dúvida tão grande que se torna palpável. E cortante como uma faca.

Visitem o site do artista Kurt Hasley (http://www.kurthalsey.com/) para conhecer mais da fantástica arte dele.

Assim disse Gustavo @ 11:21 PM   1 comentário(s)

Não tem tu, vai tu mesmo... =(

____+88________________________________ ____+880_______________________________ ____++88_______________________________ ____++88_______________________________ _____+880_________________________++___ _____+888________________________+88___ _____++880______________________+888___ _____++888_____+++88__________+++8_____ _____++8888__+++8880++88____+++88______ _____+++8888+++8880++8888__++888_______ ______++888++8888+++888888++888________ ______++88++8888++8888888++888_________ ______++++++888888888888888888_________ _______++++++88888888888888888_________ _______++++++++000888888888888_________ ________+++++++000088888888888_________ _________+++++++00088888888888_________ __________+++++++088888888888__________ __________+++++++088888888888__________ ___________+++++++8888888888___________ ___________+++++++0088888888____
_______ _________________________________________
Keep Rocking!

Eu estava crente que conseguiria postar uma poesia antiga aqui hoje mas, aparentemente, a deletei junto com todos os cacarecos antigos e desnecessários, que tirei do HD prá dar espaço ao jogo do Quarteto Fantástico... Mas acho que uma amiga minha ainda a tem... Assim espero.
Na falta da poesia, vai uma dupla homenagem. Homenagem ao IRC (que muitos acham obsoleto, mas eu tenho convicção que é muito melhor que qualquer programa de P2P) e seus desenhos feitos de caracteres, e também ao dia do Rock, que fo iesta semana.
Rezem prá que a Ju ainda tenha aquela poesia, por favor!

Assim disse Gustavo @ 1:07 AM   1 comentário(s)

quinta-feira, 7 de julho de 2005

Ela...




Desperto. Não abro os olhos. Minha cabeça gira, mas ao menos não dói. Agora sim, levanto as pálpebras e observo, ainda com a vista embaçada, o quarto na penumbra. Meu corpo estava esgotado. Alguém disse que o cansaço é proporcional ao esforço feito para algo que se deseja. Esta frase está errada. Do contrário, ela deveria ter-me feito pó. Justo ela, que adorava cantarolar que eu a faço sentir “menos pó, menos pozinho”. Rio quando penso nisso, e percebo meu ventre um pouco dolorido. A noite passada, realmente, foi divina.

Ela chegou mais cedo do que eu esperava. Bateu à minha porta e, quando abri, a vi ali. Talvez como se acreditasse se tratar de uma miragem, esfreguei meus olhos. E ela ainda estava ali depois disso. Talvez fosse uma Deusa, então. Pois seu rosto era etéreo e sua expressão, angelical. Finalmente, estávamos juntos.

Pouco tempo depois, não sei precisar quanto, pois quando estou com ela o tempo simplesmente cessa de existir, ela mostrava seu lado mais pecaminoso que virtuoso. Atracou-se comigo, em um frenesi sensual indescritível. Arrancando de mim gemidos guturais (assim como arrancou minhas vestes), que mais pareciam emitidos por um animal do que por um homem civilizado. Fez de mim o que bem quis, e entregou-se às minhas carícias como eu jamais havia imaginado ser possível. Ela, que chegara tão impecavelmente vestida e suavemente maquiada, instantes depois tinha sobre seu corpo apenas o meu. Ela, sem dúvida, me proporcionou a melhor noite de minha vida.

Olho para o lado, e ali a vejo, deitada de bruços, desnuda, dormindo como uma menininha. A minha menininha. Se ainda houvesse algum resto de energia em mim, certamente meu corpo daria sinais agora. Ah, ela é tão bela. Mas não só isso...

A vida toda, muitos tentaram, incessantemente compreender-me, e falharam. Outros, nem tentaram, mas quis muito que me entendessem, ou que ao menos tentassem. Ela, no entanto, nunca tentou entender-me, mas acabou por entender-me sem que eu tivesse de explicar uma só palavra. Ela entendia mais que minhas manias ou gostos ou atitudes. Ela entendia-me em um nível muito mais profundo. Ela viu minha alma. E a entendeu.

Levanto-me e vou até a sacada de meu apartamento, observar o sol, que nasce belo em tons amarelados, alaranjados e amarronzados, no horizonte. Eis que ela se aproxima de mim, e me envolve em um cálido abraço por trás.

Naquele exato momento tenho certeza, pois minha alma me diz: Jamais ficaremos distantes novamente...

Assim disse Gustavo @ 4:32 PM   3 comentário(s)

O Autor

O autor
Nome: Gustavo Ribeiro
Lugar: Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Um cara aprendendo com a literatura e as culturas de outros países e do meu. Sempre aprendendo, sempre vivendo como se fosse o último dia.

Ver meu perfil completo

Leia!

  • Página do Autor no Orkut
  • Morellianas: Conversas sobre Cortázar
  • Canetagens
  • Fotolog da Flá Damy
  • Jogo de Idéias
  • Verdade Falsificada

Anteriores…

  • Upcoming movie traduzido
  • Avant-première traduzido
  • Minutos de acréscimo
  • Copa!
  • Post Scriptum ad Ornithorhyncho texto
  • Eu sou um ornitorrinco
  • Num cinema britânico...
  • Leitoras
  • Tchekhov e Sr. R
  • Não tem graça

D’Antanho:

  • março 2005
  • junho 2005
  • julho 2005
  • agosto 2005
  • setembro 2005
  • outubro 2005
  • novembro 2005
  • dezembro 2005
  • março 2006
  • abril 2006
  • junho 2006
  • julho 2006
  • outubro 2006
  • novembro 2006
  • dezembro 2006
  • janeiro 2007
  • fevereiro 2007
  • março 2007
  • abril 2007
  • julho 2007
  • setembro 2007
  • outubro 2007
  • janeiro 2008
  • fevereiro 2008
  • setembro 2008
  • outubro 2008
  • novembro 2008
  • janeiro 2009
  • fevereiro 2009
  • agosto 2009
  • outubro 2009
  • novembro 2009
  • dezembro 2009
  • março 2010
  • abril 2010
  • maio 2010
  • julho 2010
  • setembro 2010
  • Posts Atuais

Powered by Blogger

Firefox - Download